Vereadores apoiam greve dos professores paulistas
O Plenário da Câmara de Araçatuba aprovou, durante a sétima sessão ordinária do ano, um requerimento de voto de apoio à greve dos professores da rede estadual paulista. A manifestação de apoio é de autoria dos vereadores Prof. Cláudio (PMN) e Profª Durvalina (PT).
Desde o último dia 5 de março, os professores das escolas estaduais estão em greve. Na pauta de reivindicações constam: reajuste salarial de R$ 34,3%, incorporação de gratificações, garantia de emprego, revisão da avaliação de mérito implantada, revogação das leis nº 1.093, 1.041 e 1.097, realização de concurso público de caráter classificatório, resgate do vale-alimentação de R$ 4, entre outras.
De acordo com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), até a última sexta-feira, dia 12 de março, 60% dos 215 mil professores haviam aderido à greve. Os índices de adesão têm sido rebatidos pela secretaria da Educação, que indica um número menor.
Na discussão do requerimento, o vereador Prof. Cláudio disse que o governo está tratando os profissionais da educação com “intransigência”. “Não podemos parar essa greve. Devemos fazer um movimento semelhante ao de 2000”, afirmou o parlamentar, que também criticou a política de bônus e de promoção por mérito implantada pelo governo paulista.
Também autora do requerimento de apoio, a vereadora Profª Durvalina ressaltou que há 15 anos não há aumento salarial ou reposição das perdas salariais para os professores. “O governador José Serra olha com indiferença o movimento grevista. Essa promoção por mérito exclui 80% dos professores e a culpa é jogada no professor”, criticou a vereadora. Segundo ela, é preciso haver um plano de carreira e de salários para os profissionais da educação.
Durante o debate sobre o assunto, dezenas de professores e membros da Apeoesp ocuparam as galerias da Câmara, com bandeiras em prol do movimento grevista.
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