Empresários confirmam interesse por Araçatuba
Crescimento sustentável, reformulação do sistema de aproveitamento do lixo, cuidados com o meio ambiente e reciclagem de resíduos diversos são, entre tantas outras, metas que a Prefeitura de Araçatuba tem como prioridades.
Pensando nessas propostas é que o Poder Executivo quer apoiar a vinda para Araçatuba de uma indústria que pretende reaproveitar e fazer a transformação do bagaço da cana em vários produtos.
Hoje, muitas usinas usam o bagaço da cana para gerar energia elétrica. O bagaço é queimado em caldeiras e o vapor passa por turbinas e geradores, que produzem energia elétrica. Segundo estudos, esse ainda é um processo de alto custo. Pensando nisso, uma empresa da Alemanha, em parceria com uma empresa brasileira procuraram o prefeito Cido Sério e pediram apoio para se instalar na cidade. Prevendo investimentos de 400 milhões de dólares, a empresa promete transformar o bagaço da cana em MDF (Medium Density Fiberboard), produto que hoje é utilizado em grande escala em todo o mundo. Em português, a tradução é placa de fibra de madeira de média densidade.
O MDF feito com o bagaço da cana, segundo o diretor-presidente da empresa, Silvio Carlos Ribeiro, é três vezes mais resistente. O leque de produtos a partir do bagaço da cana é muito vasto. Placas de cimento misturadas com o bagaço formam matéria base para a construção de casas pré-moldadas. Os representantes da empresa dizem que é possível montar uma casa popular em dez dias, tempo muito inferior às construções tradicionais.
Como o prefeito Cido Sério cumpre agenda em São Paulo, o grupo integrado por 20 empresários foi recebido na sexta-feira (6) pelo vice-prefeito Carlos Hernandes, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Silvio de Simoni Garcia e pelos assessores de Gabinete Carlos Farias e Eduardo Ferreira Mendes.
O pedido feito à Prefeitura é concessão de um terreno, um dos últimos passos para que a construção do prédio seja iniciada e que deve levar entre 20 e 24 meses para ser concluída, pois o cronograma depende da topografia do terreno. Vários são os produtos que a empresa pensa em produzir em Araçatuba. Dependendo dessa variedade poderão ser gerados até 800 empregos diretos e outros 3.000 indiretos.
Para que a construção possa ser iniciada, a empresa depende da concessão dessa área. Mas, para isso, a Prefeitura precisa da aprovação da Câmara dos Vereadores. Segundo o vice-prefeito Carlos Hernandes, o processo tem que ser feito com extrema agilidade. “Vamos enviar o mais rápido possível o projeto de lei para a Câmara Municipal, para que seja autorizada e formalizada a concessão da área e a empresa possa dar início à obra. Vamos pedir que a tramitação do processo ocorra em caráter de urgência, pois se trata de um projeto importante para o desenvolvimento econômico e social da cidade”, disse Hernandes.
Outras empresas são atraídas Com a vinda para Araçatuba da empresa que promete fazer a transformação do bagaço da cana, outras empresas que darão apoio fornecendo equipamentos e outros produtos também já manifestaram interesse em se instalar na cidade. Uma delas, segundo seus diretores, deve iniciar suas atividades em janeiro de 2010 e vai produzir equipamentos destinados à montagem da empresa. A segunda indústria que viria na esteira da que transformará bagaço da cana é uma multinacional, que se instalaria em Araçatuba para a produção de cola industrial. Yago Monteiro e Valdevino Bittencourt Dias
07/11/2009
Assessoria de Imprensa
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