Vereadora quer proibir a entrada de bebidas alcoólicas em espaços esportivos
O primeiro contato com as drogas lícitas e ilícitas está ocorrendo cada vez mais cedo. Motivados pela curiosidade e pelo apelo social, crianças e adolescentes estão renunciado às brincadeiras típicas da idade para se aventurarem com o álcool, o fumo e as substâncias entorpecentes. O resultado é a dependência química, doença que não tem cura, apenas tratamento.
Consciente de que o fácil acesso ao álcool corresponde ao início desse ciclo, a vereadora Profª Durvalina Garcia (PT) quer proibir a entrada de bebidas alcoólicas em ginásios e quadras municipais destinados à prática de esportes. O projeto de lei que trata da proibição foi aprovado em primeira discussão e votação, durante os trabalhos da 12ª sessão ordinária do ano, realizada nesta segunda-feira (19/04).
Para ilustrar a necessidade de se adotar com urgência medidas preventivas contra o consumo precoce do álcool, a parlamentar citou que os alunos do ensino médio das escolas brasileiras estão entre os que mais ingerem bebidas alcoólicas na América Latina. O envolvimento com a droga lícita começa, na maioria das vezes, dentro de casa. “Se não fizermos alguma coisa, corremos o sério risco de termos uma geração inteira de dependentes alcoólicos”, alertou.
A vereadora justificou ainda a opção pelos espaços esportivos. “Álcool e prática de esportes não combinam, pois enquanto o esporte direciona para uma vida saudável, o consumo de álcool causa dependência e traz consequências desastrosas”, afirmou Durvalina, reiterando a importância da sua proposta.
Em entrevista à TV Câmara, o médico neurologista Sérgio Irikura, especialista em Dependência Química, mostrou-se favorável ao projeto de lei. “Devemos com essas pequenas novas leis tentar modificar o cenário atual, para que nossas crianças tenham chance de crescerem saudáveis”, disse o especialista. Conforme ele, embora prevalentes, as drogas lícitas não recebem a devida atenção. “Enquanto 12% a 13% da população brasileira é hoje dependente do álcool, apenas 2% a 3% o é de drogas ilícitas, como a maconha, a cocaína e o crack”, informou.
Para se tornar lei, o projeto da vereadora Profª Durvalina Garcia precisa ser ainda aprovado em segunda discussão e votação e, posteriormente, sancionado pelo prefeito Cido Sério (PT).
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