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sábado, 3 de abril de 2010

Movimento Pedágio Justo.











Movimento Pedágio Justo faz ações em todo Estado de São Paulo
Foram entregues aos motoristas materiais explicativo sobre o grande número de pedágios criados no Estado. Ao todo já somam 227 praças de cobrança.
Alexandre Gamón
Os motoristas de Osasco foram surpreendidos nesta quinta-feira, (1), nos semáforos das principais vias que dão acesso às pistas pedagiadas da região. Pela manhã, integrantes do Movimento Pedágio Justo distribuíram uma cartilha sobre a proliferação da grande quantidade de pedágio no Estado de São Paulo e o quanto estes prejudicam o desenvolvimento econômico de diversas cidades e regiões. Além do material explicativo, foi oferecido aos motoristas adesivos com a frase: “São Paulo não agüenta mais pedágios abusivos”.
Os coordenadores do movimento afirmaram que a população apoiou e aderiu a ideia, colando os adesivos nos vidros dos veículos, e assim, terminando com todos os materiais em poucas horas de atividade.
Para o motorista Valderci, que mora em Carapicuíba, considera caro os pedágios para quantidade de quilômetros percorrido por ele. “Para ir ao serviço rodo 10,5 km e tenho que pagar dois pedágios, senão sou obrigado a pegar uma rota alternativa e encarar o trânsito pesado”.
Segundo estudo do Movimento Pedágio Justo, as tarifas de pedágios no mundo variam entre R$ 0,02 e R$ 0,04 por km rodado, enquanto São Paulo cobra de R$ 0,07 a R$ 0,16, valores oito vezes maiores do que os praticados nas rodovias federais.
O caminhoneiro autônomo, Carlos Alberto Rodrigues, que realiza viagens por todo o país, admite não valer a pena prestar serviços no Estado de São Paulo. “Nosso frete é muito barato. Eu viajo o Brasil inteiro e constato que os pedágios do Estado de São Paulo são os mais caros, o que acaba sendo inviável para nós”.
A balconista, Michele Gomes Garcia, que trabalha em Carapicuíba, é mais uma trabalhadora que sofre com o grande número de pedágios no Estado. Segundo ela, o preço cobrado pode ser barato, mas acaba sendo oneroso no final do mês. “Meu amigo teve que comprar aquele tíquete de passe livre, pois não é sempre que temos dinheiro para pagar. O preço pode nem ser tão caro neste trecho que percorro, mas pago na ida e na volta, isso acaba enganando e no final do mês faz diferença no salário”.
No Estado de São Paulo, em apenas 13 anos, o governo do PSDB construiu 180 novos postos de cobrança de tarifa, sendo estes os mais caros do país. Só no governo Serra foram 82.
Para o corretor de imóveis, Luis Ribeiro, que trabalha em Alphaville, o valor do pedágio tem influência direta na economia e no desenvolvimento das cidades. “O que percebemos é que o grande número de pedágio tem afastado investidores para região de Osasco e Barueri, pois o volume de pedágio encarece muito o custo das operações comerciais”.
Segundo o Movimento Pedágio Justo, este é uma ato de cidadania em defesa de toda população, que sofre diretamente com o repasse de preço do pedágio no valor dos produtos consumidos pelos trabalhadores paulistas.
Este impacto reflete principalmente para os mais pobres, que paga a tarifa embutida no preço dos alimentos e no transporte público, através da utilização do ônibus intermunicipal, que repassa o custo a seus passageiros.

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